Autor: Walter Pall
Colaborador: J.P. Arzivenko
No ano de 1979 eu já sabia o que era um bonsai, genericamente, mas eu
nunca havia visto um bonsai de verdade antes. Então eu li em um jornal
da Alemanha sobre um viveiro que possuía bonsai em exibição e para a
venda, então eu fui lá já que sempre me interessei sobre coisas
relacionadas à jardinagem, uma vez que desde minha tenra infância eu fui
um jardineiro. Eu fui lá e fique profundamente impressionado e chocado,
com a aparência, a idade, obviamente com a idade e as formas. E eu
fiquei chocado com as marcas de arame e algumas coisas me pareceram bem
feias. De qualquer forma aquilo me pareceu muito difícil, mesmo que me
considerasse um bom jardineiro, eu pensei “isto é simplesmente
impossível”.
E também a parte artística que me interessou muito eu também achei
difícil. Eu cresci em uma família cheia de artistas, meu avô era pintor,
meu pai ator (você nunca diria), meu tio foi um poeta e tínhamos
lunáticos e doidos por toda a parte. De qualquer forma eu também sou
conhecido como um sujeito artista. Então eu pude ver a arte naquilo e
achei que era bastante difícil, mas coisas difíceis e impossíveis sempre
me intrigaram, então de alguma forma eu me vi de frente com aquilo, e
logo depois eu comprei meu primeiro bonsai, foi como comecei, e de lá
para cá foi um vício, não consigo viver sem isso, agora é minha vida.